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quinta-feira, 26 de março de 2009

SADI OLIVEIRA, DA KLABIN, DIZ QUE NÃO HÁ PRAZO PARA A EMPRESA VOLTAR A COMPRAR PINUS DE DESBASTES

O Diretor Industrial da Klabin, Sadi Carlos Oliveira, de certa forma frustrou as expectativas das autoridades e lideranças presentes na reunião da Comissão Especial da Câmara de Correia Pinto, formada para buscar saídas e soluções para a crise dos reflorestadores. Ele disse na reunião, realizada no final da tarde desta quinta-feira (26/03), que a empresa não tem previsão de quando voltará a adquirir pinus de reduzido diâmetro, geralmente dos primeiros desbastes, o que começou a acontecer a partir de março. Como a Klabin é a maior consumidora da região desse tipo de matéria-prima, e literalmente parou de comprar, os reflorestadores ficaram sem ter a quem vender o produto, que corre o risco de apodrecer nos reflorestamentos.
EMPRESA NÃO É CULPADA PELA SITUAÇÃO

Apesar da notícia, as lideranças e autoridades presentes não colocaram a culpa na Klabin. Sadi informou que a empresa fez o que pôde para continuar produzindo e adquirindo esse tipo de matéria-prima. "Inclusive alugamos vários barracões em Otacílio Costa, Lages, no Porto de Paranaguá e até no porto de Antuérpia, onde temos grande quantidade de estoque de papel. Paramos de comprar simplesmente para não colocar em risco o caixa e o futuro da empresa. E isso ocorreu simplesmente porque nossas vendas para o exterior caíram drasticamente para diversos mercados em função da crise", argumentou. Ele chegou a citar a Sadia, Perdigão e até a fábrica de sabão em pó Omo que teriam reduzido drasticamente as aquisições e encomendas de embalagens de papelão.

"CRISE DE CONFIANÇA", DISSE COSTINHA

O tom dos diversos pronunciamentos feito pelas autoridades era de que o setor precisa continuar unido e buscando novas alternativas para o pinus, uma monocultura sobre a qual está centrada e baseada quase toda a economia regional. "Eu vendo pinus há pelo menos 35 anos. E nunca nesse período a Klabin ou outras empresas anteriores pararam de comprar. É uma situação difícil, inusitada. Mas que eu acredito passageira. Essa crise é muito mais de falta de confiança do que qualquer outra coisa. E enquanto essa confiança dos investidores e das populações não voltar, vamos amargar muitas dificuldades", explicou Paulo Cesar da Costa, o Costinha, representante no evento da ACIL e da FIESC.

VEREADORA NEUSETE APONTOU OUTRAS ALTERNATIVAS

Apesar da importância do evento, apenas a vereadora Neusete Masiero, que preside a comissão, apontou outros caminhos e alternativas. Os demais ficaram a discursar sobre as dificuldades, necessidade de união e de buscar novas alternativas. Neusete citou como possíveis alternativas para dar um novo destino ao pinus o aumento da producão das empresas Sudatti (Otacílio Costa) e Tractebel (Lages), a entrada em operações da Berneck, em Curitibanos, a partir de 2011, além de negociações e articulações com vistas à busca de apoio junto ao Governo do Estado para implantar novas usinas termelétricas ou mesmo ampliar a atual, de Lages. Ela defendeu também que enquanto persistir a crise que a Klabin pense pelo menos na compra de uma "cota social de madeira, uma quantidade que serviria para beneficiar pelo menos os mais pequenos produtores, que mais precisam dessa renda".

Loreno Siega
26/03/2009

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