O cancelamento da 33ª edição do FETEL, Festival de Teatro de Lages, foi um dos temas discutidos durante a sessão da última terça-feira, 09/09, na Câmara de Lages. Em 32 edições, o Fetel não foi realizado nos anos de 1998, 1999, 2000 e 2001. Toni Duarte (PPS) apresentou um pedido de informação no qual solicita informações sobre os motivos do cancelamento do evento. Segundo o vereador, uma matéria publicada no jornal Correio Lageano, no dia 05 de setembro apresenta versões distintas por parte de secretários do Executivo. De acordo com o chefe de gabinete da prefeitura, João Carlos Matias, o relançamento da Festa da Tradição, queda nas receitas do Fundo de Participação dos Municípios e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias, ICMS, e também a preocupação com o risco de propagação da “gripe A” são os principais motivos. “Não é propriamente financeiro. A gente está elegendo prioridades”, declarou ao jornal o chefe de gabinete.
"PREFEITURA NÃO DISPÕE DE RECURSOS"
Já a Superintendente da Fundação Cultural, Sirlei Bordin, afirmou na mesma matéria que “a prefeitura não dispõe de recursos”. Segundo apurou o jornal, o investimento para realizar o festival varia entre R$ 50 mil e R$ 60 mil por ano. As razões para o cancelamento do FETEL também foi abordada pela vereadora Aida Hoffer (DEM). Ela questionou um dos argumentos apresentados pelo Executivo sobre o cancelamento, que teria sido solicitado pelos membros da ALTE, Associação Lageana de Teatro. Neste sentido a vereadora informou que apresentará na próxima sessão um requerimento para que representantes das partes envolvidas venham a Câmara falar sobre os reais motivos do cancelamento. “O FETEL não pode parar e a cultura não pode esperar”, advertiu Aida Hoffer.
SOBRE O FETEL
Fonte Jornal Correio Lageano: Iniciado na década de 1970 como um festival estudantil, com o tempo passou a regional, depois estadual e nacional (em sua 24ª edição), já teve 32 edições, o que o consolidou como um importante evento do gênero no Brasil. As apresentações ocorrem normalmente no Teatro Municipal Marajoara, na Fundação Cultural de Lages, no Calçadão da Praça João Costa e no Largo da Catedral. Os outros locais, como os Caics, também são utilizados.
Enviado por Keltryn Wendland - Câmara de Lages
SE O PROBLEMA FOR GRANA...
Vale lembrar que se o motivo do cancelamento for grana, a 21a. Festa Nacional do Pinhão, realizada em maio e junho deste ano, representou um déficit de R$ 639 mil. Apenas esse "déficit", que os organizadores chamaram de "investimento", representaria no mínimo 10 edições do Fetel. Ou seja, Lages prefere "entupir" dinheiro público na Festa do Pinhão e deixar à mingua ou cancelar outros eventos importantes como o Fetel, Festa Mundial do Lambari, Carnaval de Rua, etc....
Loreno Siega
Concordo contigo, Loreno!
ResponderExcluir