
A ACIL recebeu na noite de ontem (31/08) o novo interventor da Uniplac, Walter Manfrói. A convite do presidente da entidade, Roberto Amaral, ele foi informar a diretoria da entidade acerca da situação da instituição e das possíveis soluções. E assim como tem sido desde que assumiu o cargo, há pouco mais de um mês, foi muito claro naquilo que acredita serem as razões e motivos da grave crise financeira, bem como suas possíveis alternativas e soluções.
NÃO ESTARIA HAVENDO COLABORAÇÃO INTERNA
Por várias vezes, Manfrói deixou claro que não vê outra alternativa à vista senão a liquidação da Fundação Uniplac, ou seja, dar fim à atual entidade mantenedora da instituição. “Fomos claros diversas vezes com os professores e funcionários de que precisamos mais do que nunca da cooperação deles e a aceitação da perda dos privilégios para que a entidade mantenedora e a Universidade possam ser mantidas. Mas até agora não tivemos eco nem com os professores e nem com os servidores diretamente, tampouco com seus sindicatos. Parece que eles têm medo que qualquer decisão neste sentido acabe respingando em perdas de privilégios para todo o Sistema Acafe. Então, como não temos esse apoio, não vemos outra alternativa senão extinguir e/ou liquidar a Fundação Uniplac. E isso vai ser feito o mais rápido possível”, frisou.
NOVA FUNDAÇÃO, SEM PASSIVOS, ERROS E VÍCIOS
Com o fim da Fundação Uniplac, segundo Manfroi, seria criada outra fundação, de caráter municipal e comunitário, que seria a nova instituição mantenedora. “Nessa nova fundação, vinculada diretamente ao MEC, a condição e o status de Universidade deverão ser mantidos. E necessariamente não iríamos repetir os mesmos vícios e problemas como empregos vitalícios e uma série de regalias (há na Uniplac, segundo Manfroi, um grupo de 126 professores e servidores “vitalícios”, ou seja, que vão continuar trabalhando e recebendo até a morte (inclusive depois de aposentados e beneficiando suas famílias depois de suas mortes – “um verdadeiro acinte”, segundo Manfroi). “Necessariamente, as pessoas teriam de ingressar por concurso. E finda a atual Fundação, também acabam-se os vínculos e privilégios dos atuais servidores”, disse.
AMORTIZAÇÃO DAS DÍVIDAS
“Quanto às dívidas, a nova fundação pagaria aluguel pelo patrimônio da Fundação extinta. Com esse dinheiro, iríamos amortizando os débitos em longo prazo”, disse. “Se tivéssemos a certeza absoluta de que a Justiça não vai entender isso como uma continuidade (sucessão), já teríamos tomado essa decisão. Mas, primeiro vamos nos cercar de todas as garantias possíveis, inclusive com audiência pública e acompanhamento direto do Ministério Público nesse processo”, frisou.EXONERAÇÕES E BOLSAS DE ESTUDO
Enquanto esse processo mais radical vai sendo costurado, Manfrói diz que fará dentro dos próximos dias pelo menos 100 exonerações de professores que estão deslocados de suas funções e/ou apenas como “orientadores de TCC”. . “Esses professores que não têm aula alguma e justificam a carteira assinada apenas como orientadores de TCC, serão exonerados. Assim como vários servidores que não estão cumprindo com seu papel”, deixou claro. “Da mesma forma, há uma série de problemas na concessão de bolsas de estudo. Tem filho de professor da Uniplac com 100% de bolsa no curso de Medicina. E nós vamos divulgar nos próximos dias todos os beneficiados com bolsas e rever esses critérios de concessão”, falou.
AVALIAÇÃO DOS CUSTOS/BENEFÍCIOS
Manfrói também falou que no curto prazo todos os novos projetos e investimentos serão analisados sob o ponto de vista do custo/benefício. “Tínhamos para esse semestre 28 projetos para cursos de pós-graduação. Mandamos fazer uma análise dos custos e retornos de cada um. E descobrimos que 26 deles seriam deficitários financeiramente. Em compensação, a grande maioria seria para beneficiar os professores envolvidos, mestres e/ou doutores, que receberiam uma bela remuneração. Assim, como vamos superar os graves problemas financeiros da Uniplac?”, indagou.
Loreno Siega
01-09-2009
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