Legislativ​o ainda questiona a revitaliza​ção do Mercado Público

Próximo de completar três anos, o anuncio feito pelo poder Executivo de Lages dizendo: “A prefeitura de Lages já conta com o projeto técnico de revitalização do Mercado Público e agora deverá buscar os recursos necessários para viabilizá-lo”, ainda gera anseios e questionamentos, principalmente, sobre quando será reativado. E mais uma vez o assunto volta à pauta na Câmara de Vereadores.
Um dos objetivos do projeto com a restauração do prédio, segundo divulgado pelo Executivo no dia 11 de setembro de 2008, era transformá-lo em Centro Cultural, preservando-se as características originais do imóvel, adequando a infra-estrutura para comportar a Escola de Artes. Além disso, previa a ampliação de espaços para produção e acesso aos bens e manifestações culturais; condições para comercialização de produtos alimentícios e artesanais da região; recriação do espaço para praça de alimentação e lazer; condições para realização de feiras e exposições; difundir e fomentar o Centro Cultural com a participação da comunidade e visitantes.
É justamente essa comunidade que lamenta o fato de passar pelo local e constatar que o Mercado, um patrimônio histórico e cultural de Lages, continua inativo. Os pais da psicóloga e professora universitária Ana Rita de Souza Oening trabalharam por quase três décadas no Mercado vendendo produtos da regionais. Ela, que mora na rua ao lado do prédio, diz que o espaço se transformou em um mictório público e ponto de prostituição e consumo de drogas. Indignada com o que vê diariamente, lamenta. “Isso é um verdadeiro descaso e desrespeito com população, uma vergonha para Lages. Conheço vários mercados públicos e só o nosso é jogado às traças”.
O assunto já foi tema de inúmeras matérias na Câmara de Vereadores de Lages. Nesta semana, foi aprovado o pedido de informação 105/11, no qual o vereador Toni Duarte (PPS) pede cópia do projeto e das solicitações de recursos aos governos do Estado e Federal para a revitalização do espaço. De acordo com o proponente, muitas moções legislativas foram feitas na Casa solicitando verbas para a obra, por isso o pedido sobre o que o Executivo fez a respeito. “Não se percebe movimentação para a conclusão das obras pela administração municipal. E se falta recurso, é só buscar junto ao Ministério do Turismo”.

Fonte: Taina Borges - Comunicação - Câmara de Vereadores de Lages