A deputada federal Carmen Zanotto (PPS-SC) se reuniu nesta quinta-feira (23), com o diretor-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Mauro Hauschild, para tratar do colapso do sistema em toda a região Sul – juntos, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul detêm mais de 50% do contingente de espera de todo o território nacional – e, especialmente, no estado de Santa Catarina. A audiência foi agendada pelo Fórum Parlamentar Catarinense, coordenado pelo deputado Décio Lima (PT).
Com 69.050 segurados aguardando, em média, por 45 dias por uma perícia do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o estado lidera as estatísticas de espera por benefícios previdenciário. Para efeito de comparação, a média de toda a região Sul, que é a mais alta do Brasil, é de 34 dias e a média nacional, de 22. A falta de estrutura e o déficit de recursos humanos são algumas das causas apontadas.
“Temos hoje um déficit de cerca de profissionais, já que no último concurso realizado houve uma abstenção para a prova, de 46%. Dos aprovados, 31% não chegaram a tomar posse e cerca de 30% dos que foram empossados já pediram demissão”, revelou Hauschild.
O presidente do INSS afirmou, no entanto, que o instituto vem realizando desde julho um plano de acompanhamento semanal para identificar as praças em que há problemas, para apontar soluções. Também foi criado um grupo interministerial de trabalho, que envolve as pastas da Saúde, da Previdência Social, do Trabalho e do qual Hauschild também faz parte. O colegiado irá debater a remuneração, a carreira e a jornada de trabalho dos profissionais do INSS.
Segundo o plano de expansão da rede de atendimento do INSS de 2011, em Santa Catarina há duas obras para a ampliação da rede em curso, enquanto outras 13 aguardam orçamento ou doação de terrenos.
Lages
Carmen Zanotto também questionou Hauschild a respeito da aguardada transformação em gerência, da agência do instituto em Lages, uma das mais sobrecarregada do estado. Mauro Hauschild explicou que neste momento a concentração dos esforços está na redução dos dias de espera para realização de perícias com a promoção de mutirões e remanejamento de pessoal, mas afirmou que este projeto consta nos planejamentos do instituto para 2014.
O tempo médio de espera no município, que era de 137 dias em março, está hoje em 76 dias.
“A situação é grave e urgente. Estamos ainda muito distantes da média nacional. Entretanto, observar que o INSS tem conhecimento do que se passa nos municípios de Santa Catarina e que se movimenta para nos dar respostas, é um ponto positivo, sem dúvida. Mas, precisamos avançar mais, no sentido de solucionar prontamente este problema que vem afetando e prejudicando tantos catarinenses. Esta é uma luta de toda a bancada e conta com o apoio do governo do estado”, avalia Carmen Zanotto.
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