Ao contrário da safra passada – 2012/13 onde as previsões eram excelentes para a cultura do alho em Santa Catarina e no Brasil a, de 2013/14 não promete muito não, em termos de mercado. Isso por que a China que domina o comércio internacional do alho está no final da colheita e a produção foi maior que no ano anterior.
O Brasil é um grande consumidor de alho e a produção interna abastece apenas 35-40% do consumo nacional. A China é responsável por 40-45% e os demais 25% do alho ofertado no mercado brasileiro vem da Argentina. Quem baliza o preço no mercado interno é o alho chinês.
Na safra passada nas tradicionais reuniões de pré-plantio do alho de abril e maio, a Epagri/Curitibanos divulgava que a produção da China tinha reduzido 30% e o preço de venda seria três vezes mais caro que no ano anterior que tinha sido de US$ 6,00 por caixa Fob/China. Essas previsões se confirmaram e o mercado nacional operou em alta na safra de 2012/13, desde janeiro até junho.
Já para a próxima safra os dados não são tão animadores para o setor, pois a China cultivou 5% a 10% a mais que na safra anterior e, que devido ao bom clima está colhendo um alho de ótima qualidade e o volume é 25% superior à safra anterior. Os primeiros boatos dão conta que esse alho novo será comercializado inicialmente por 50% do preço médio da safra anterior que ficou na casa dos US$ 20,00 por caixa Fob/China. Dessa forma esse alho novo que deverá entrar a partir do final de julho chegará ao Brasil, após o pagamento de todas as taxas e tributos na casa dos R$ 45,00 a 50,00 por caixa de 10 Kg e com certeza baixará o preço no mercado interno.
Em Santa Catarina estamos começando o plantio que deverá ter um pequeno aumento, não mais que 5 a 10% da safra anterior. A produção do estado, que deverá cultivar 1.700 hectares é suficiente apenas para abastecer o consumo nacional de três semanas. O consumo nacional está na faixa de 2,3 milhões de caixas de 10 kg/mês. No sul o Rio Grande deve permanecer com a mesma área de plantio e a Argentina diminuirá um pouco devido a forte crise econômica por lá.
Outra região que cultiva um alho roxo de excelente qualidade é o Cerrado, onde há muitos produtores do nosso estado cultivando alho. Lá houve um aumento de plantio de dez por cento e a produção deverá ficar na casa das 8,80 milhões de caixas de 10 Kg.
O sul e o Cerrado ofertarão na safra de 2013/14 doze milhões de caixas de dez quilos sendo necessária a importação de dezesseis milhões de caixas, numa proporção aproximada de 65% da China (10,40 milhões de caixas) e 35% da Argentina (5,6 milhões de caixas) distribuídas durante doze meses, na média de 1,33 milhões de caixas.
Diante desse cenário as previsões para a safra de 2013/14 são apenas boas. A expectativa é que o preço na China suba um pouco após a abertura do mercado com os alhos guardados a frio, a partir de janeiro, quando o nosso alho também entra no mercado e assim possamos conseguir um preço médio bom.
A orientação levada aos produtores nas reuniões e seminário da cultura desse ano foi a de que mantenham as áreas de cultivo, investindo cada vez mais em alho semente graúdo, livre de vírus, irrigação e tenham sempre uma poupança, pois anos ruins podem voltar e estamos que estar preparados.
Fotos: Marco Antônio Lucini
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