A deputada Carmen Zanotto participou, ontem, da Audiência Pública realizada na Câmara de Vereadores de Lages, sobre a violência contra a mulher. Em seu pronunciamento a deputada lembrou a importância de conhecer as atividades que estão sendo realizadas no sentido de proteção à mulher vítima de violência, as delegacias especializadas existentes, os juizados, as casas abrigo e os centros de referência. Hoje Lages está entre as cidades com maior índice de homicídios contra as mulheres. O Brasil tem a 7ª taxa de homicídios de mulheres do mundo dentre os 84 países com dados homogêneos entre 2006 e 2010, segundo a Organização Mundial da Saúde. No país 5.664 mulheres são vítimas de homicídio por ano. O que significada 472 por mês, 15,5 por dia e uma vítima a cada 1 hora e meia.
"Superar a violência contra as mulheres é um dos maiores desafios impostos ao estado brasileiro contemporaneamente. As diversas formas de violência como a praticada no âmbito doméstico por parceiros íntimos ou familiares, a violência sexual, o tráfico de mulheres, a violência institucional, a violência contra mulheres com deficiência, a violência decorrente do racismo, a lesbofobia e sexismo e o feminicídio são violações aos direitos humanos das mulheres, incompatíveis com o estado de direito e com o avanço da cidadania", destacou a deputada.
Carmen lembrou ainda da realização da CPMI da Violência contra a Mulher que foi realizada em agosto na Assembleia Legislativa. O Estado de Santa Catarina, pelo seu posicionamento no ranking nacional, não constava do rol de Estados a serem visitados. Entretanto, foi apresentado o requerimento solicitando que a CPMI realizasse audiência em Santa Catarina, por entender que o Estado foi um dos últimos a aderirem ao Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher.
Segundo dados do Mapa da Violência no Brasil, do Instituto Sangari, Santa Catarina ocupa o 25º lugar no ranking nacional, com a taxa de 3,5 homicídios femininos por cem mil mulheres.
"Esperamos que com a audiência nossas realidades sejam debatidas com maior profundidade e que possamos atuar juntos em projetos e políticas públicas que foquem na prevenção e na conscientização da sociedade sobre a importância do combate à violência contra as mulheres", concluiu a deputada.
Saiba mais:
• No mundo, 40% de todos os homicídios de mulheres são cometidos por um parceiro íntimo, enquanto entre os homens assassinados essa proporção é 6%. Ou seja, a proporção de mulheres assassinadas por parceiro é seis vezes maior do que a proporção de homens assassinados por parceira.
• No Brasil, no período de 2001 a 2011, estima-se que ocorreram mais de 50 mil feminicídios, aproximadamente 5.000 mortes por ano
• Não houve impacto: não houve redução das taxas anuais de mortalidade, comparando-se os períodos antes e depois da vigência da Lei: 5,28 no período 2001-2006 e 5,22 em 2007-2011
Mulheres jovens foram as principais vítimas:
• 31% na faixa etária de 20 a 29 anos e 23% de 30 a 39 anos.
• 54% na faixa etária de 20 a 39 anos.
Dados de Santa Catarina
A cidade de Florianópolis, conforme relatório da Comissão Mista de Inquérito da Violência contra a Mulher, ocupa a 25ª posição das cidades menos violentas, com a taxa de 3,2 homicídios por cem mil mulheres.
Dentre os cem municípios mais violentos destacaram-se :
Lages em 17º, com população feminina de 80.775 e taxa de homicídio de 14,9%;
Mafra em 45º, com população feminina de 26.661, e taxa de homicídio de 11,3%;
Criciúma em 83º, com população feminina de 97.701 e taxa de homicídio de 9,2%;
Balneário de Camboriú em 89º, com população feminina de 56.696 e taxa de homicídio de 8,8
Chapecó, em 91º, com população feminina de 92.904 e taxa de homicídio de 8,6%.
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