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segunda-feira, 16 de março de 2015

Sopão Santa Clara: alimento para o corpo e para a alma

Voluntários preparam sopa para famílias no Santa Clara e ensinam valores essenciais de cidadania “
Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus”. O versículo 4 do capítulo 4 de Mateus, na Bíblia, ilustra o trabalho semanal e ininterrupto realizado no bairro Santa Clara, por voluntários que compõe o Sopão Santa Clara, preparado na Associação Cruzada Espírita de Evangelização Educacional. Para isso há a ajuda de entidades, empresas e cidadãos comuns, formatando uma rede de solidariedade aliada ao ensinamento de respeito, educação, disciplina e oração.
Entre os parceiros estão a Associação de Assistência Social, Trabalho e Cidadania (Samt), o Serviço Social do Comércio (Sesc) e Centro de Referência em Assistência Social (Cras Maria Aparecida Gomes), supermercados, um leque com dezenas de voluntários. O alvo das atividades aos sábados são as crianças, mas as portas são abertas para toda a comunidade.
Uma suculenta sopa é servida na sede da Cruzada todos os sábados, às 11h, em que os ingredientes são macarrão, arroz, carne de frango, legumes e verduras – repolho, tomate, pimentão, batata, cenoura, abobrinha, couve-flor, abóbora. Além disso, são doados pães. A sopa não é degustada no local, mas sim, levada em baldinhos e potes pelas famílias às suas casas para partilha. Mas antes, a partir das 10h, os trabalhos se concentram em atividades lúdicas, educacionais, socioeducativas, culturais, de saúde, de cidadania, entretenimento, brincadeiras, artesanato, além de tomar lanche. Ao universo de atendimentos se adiciona o encaminhamento para consultas médias, entre elas, oftalmológicas, quando em situações mais graves e urgentes.
As atividades do Sopão Santa Clara foram absorvidas pela comunidade de tal forma que há famílias que não falham sua presença. A empregada doméstica Ana Cristina Correia da Silva, 50 anos, moradora do Novo Milênio, é uma destas pessoas. “Venho todo sábado. Eu levo a sopa para casa e divido entre os filhos e meu marido, que trabalha cortando grama nas casas. A renda não é muita; temos Bolsa-Família. Tenho cinco filhos; os gêmeos de 17 anos, Gilberto e Gilmar vieram comigo hoje (dia 14). As coisas não são fáceis. A sopa ajuda muito, é deliciosa. Gosto de vir para o sopão porque é bom. Gosto das pessoas daqui. Quero bem a todos”, afirma. Ana perdeu sua casa durante um incêndio e ganhou uma nova residência da Secretaria de Habitação. Ela reside na rua José Maria Freitas.

Texto: Daniele Mendes Melo
Fotos: Sandro Scheuermann

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