Coruja diz que economistas passam metade do tempo projetando o futuro e a outra metade explicando porque suas previsões não aconteceram
Para o deputado Fernando Coruja (PMDB) é necessário trabalhar com outra lógica, com visão de futuro, a questão que trata da queda do Fator Previdenciário. Ele propõe um novo olhar e uma outra análise e diz que "mudar as regras do jogo sob o argumento de que isso levará à falência a Previdência Social no Brasil, em 2060, é transpor para o futuro - daqui a 40,50 anos, o que os economistas projetam baseados apenas na realidade atual, sem levar em conta o que é muito importante: o mundo está mudando velozmente e certamente as relações de trabalho e aposentadoria, e a forma como viveremos estará completamente modificada daqui a meio século!"
Para ele , " aprovar o fim do fator previdenciário não é demagogia, como dizem os representantes do governo atual, é responsabilidade para com aqueles que já contribuíram e que agora estão à espera de receber o benefício a que têm direito". O deputado lembra que, "quem está aguardando a queda do fator previdenciário para se aposentar já contribuiu com a previdência, agora é hora de receber o retorno desse investimento". Coruja encerrou seu pronunciamento na tribuna da Câmara repetindo uma frase de domínio público - "é difícil acreditar nas previsões lançadas pelos economistas em nosso país porque metade do tempo eles passam projetando o futuro, e a outra metade explicando porque suas previsões não aconteceram".
Fator Previdenciário: O fator previdenciário é o cálculo utilizado para a concessão de aposentadorias. Em 2010, quando atuava como deputado federal, Coruja foi autor de uma emenda aprovada na Câmara e no Senado, mas vetada pelo presidente Lula, fato lembrado num debate entre Dilma e Aécio Neves, nas últimas eleições. Criado para conter os gastos da Previdência, funciona como um redutor dos valores das aposentadorias. "É um fator de achatamento dos vencimentos da aposentadoria. Ele prevê que quanto mais aumenta a expectativa de vida, mais tempo você precisa para se aposentar, e diminui seu benefício. Se ele for derrubado, os trabalhadores terão um benefício melhor ao se aposentar", explica Coruja.
Atualmente o fator previdenciário reduz o valor do benefício de quem se aposenta por tempo de contribuição antes de atingir 65 anos (nos casos de homens) ou 60 (mulheres). O tempo mínimo de contribuição para aposentadoria é de 35 anos para homens e de 30 para mulheres. A alteração aprovada agora na Câmara propõe a chamada fórmula 85/95, pela qual o trabalhador se aposenta com proventos integrais (com base no teto da Previdência, atualmente R$ 4.663,75) se a soma da idade e do tempo de contribuição resultar 85 (mulheres) ou 95 (homens). Para professoras, de acordo com a emenda, a soma deve ser 80 e para professores, 90. Se o trabalhador decidir se aposentar antes, a emenda estabelece que a aposentadoria continua sendo reduzida por meio do fator previdenciário.

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