Racismo institucional na saúde pública precisa ser combatido, afirma Carmen

A deputada Carmen Zanotto (PPS-SC) defendeu mobilização contra o “racismo institucional” no atendimento da mulher negra na área de saúde pública do país. O assunto foi um dos principais temas de audiência pública, realizada na semana passada, pela subcomissão especial que avalia as políticas de assistência social e saúde da população negra no país.
O fato é apontado pelo Ministério da Saúde como uma das causas do crescente aumento da mortalidade materna de mulheres negras no país.
“Essa denúncia estarrece a todos nós, principalmente a quem é da área de saúde. Mas ao mesmo tempo que nos deixa triste, nos dá força para combater este absurdo”, disse a parlamentar.
De acordo com o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, os óbitos durante a gravidez e o puerpério no Brasil correspondem a 62,8%, contra os 35,6% das mulheres brancas mortas por causas obstetrícias. Ainda, segundo ao relatório, 92% das mortes poderiam ser evitadas, se não houvesse demora no atendimento.
Para Carmen Zanotto, “mesmo sendo difícil de se pronunciar”, o racismo institucional fica ainda mais patente quando se veem os dados comparativos mostrando a assistência de uma mulher negra e de uma de cor branca pela mesma equipe médica no mesmo hospital. “O nosso temor é de que essa discriminação seja determinante para o aumento da mortalidade das mulheres negras em nosso país”, afirmou a deputada.

Assessoria PPS