Além de reunir milhares de pessoas todos os anos no Centro e bairros com as mais diversas apresentações culturais voltadas ao tema, durante 23 dias de programação intensa, o Natal Felicidade é voltado à sustentabilidade, tanto que praticamente 100% dos motivos decorativos foram produzidos a partir da reciclagem de garrafas PET, reutilização de pneus em toda a extensão do Túnel Encantado da rua Nereu Ramos e a utilização de lâmpadas de LED, que dão todo o brilho do evento, consumindo pouca energia.
Em contrapartida, o projeto do evento natalino de Lages disponibiliza do plantio de 1.665 mudas de árvores nativas de 33 espécies, entre angico, araticum do mato, araçá vermelho, araucária, bracatinga, butiá, goiaba serrana, guabiroba, guabiju, cerejeira, ipê amarelo da serra, pitanga, ingá, aroeira vermelha e muitas outras. “Na edição passada do Natal Felicidade foram emitidas 333 toneladas de gás carbônico e utilizamos do plantio das árvores nativas, em terras de agricultores familiares e povos indígenas, que participam do projeto, para neutralizar esse impacto ambiental”, conta Luiz Henrique Pocai, técnico do Centro Vianei.
Mais de 80 famílias foram comtempladas com a adoção das árvores em cidades como São José do Cerrito, Bom Retiro, Rio Rufino, Otacílio Costa, Bocaina do Sul, Rio do Tigre, Campo Belo do Sul, Otacílio Costa, José Boiteux, Alfredo Wagner, Painel, Cerro Negro e Lages. “A ideia é ampliar a participação na sociedade, proporcionando momentos de lazer junto à visão ambiental. Além da neutralização desse impacto, o evento levará essa mensagem de preservação às pessoas, que poderão mudar sua visão socioambiental e participar direta ou indiretamente para a conservação das espécies nativas que os agricultores e indígenas mantém em suas propriedades”, afirma Luiz Henrique.
O Natal Felicidade é o primeiro grande evento de Lages a neutralizar as emissões de carbono e segundo Luiz Henrique esse é o primeiro passo para que a cidade concretize ações socioambientais e futuramente possa expandir para outras regiões do Estado. “Queremos parabenizar ações desse cunho, para que empresas e eventos tenham essa visão e abram portas para essa iniciativa”, finaliza. Os detalhes do projeto são encontrados no sitehttp://www.carbonoemrede.org.br/. Nele consta o mapa dos locais onde as mudas foram plantadas e demais informações sobre as famílias comtempladas, espécies cultivadas, entre outros.
(Foto: Sandro Scheuermann)
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