Sábado do pop-rock na Festa do Pinhão

O segundo dia da XXIV Festa Nacional doPinhão reserva grandes emoções para os amantes do pop-rock. Os shows na ArenaPinhão, espaço do Palco Nacional, iniciam às 21h30, com Lovit; às 22h30 é a vezde Comunidade Nin Jitsu; às 23h30 sobe ao palco Chimarruts; à meia noite e meiaum dos shows mais esperados com Nando Reis e para fechar a segunda noite daFesta, à 1h30 Cachorro Grande.
Confiraum pouco mais dos shows nacionais deste sábado:

Comunidade NinJitsu - Completando17 anos em 2012, a Comunidade Nin-Jitsu nasceu no underground de Porto Alegre ese transformou na banda que mais emplacou hits no sul do Brasil. Desde oprimeiro show - realizado na metade dos anos 90, na cultuada Garagem Hermética- a banda percorre um caminho de grandes conquistas, prêmios e recordes.
Em1997, antes mesmo de lançar seu primeiro disco, a banda ganhou prêmio de melhorDemo-Clipe no VMB (Video Music Brasil) da MTV, com a música “Detetive”, hitabsoluto dos Ninjas.

Chimarruts - É como umrecomeço, cheio de novas possibilidades. Depois de rodar o país nos últimostrês anos por conta do sucesso revelador do álbum Ao vivo, a banda gaúchaChimarruts lança  agora  Só pra  brilhar  (EMI), quinto  álbum  em dez  anos  de carreira.  Mais experiente, a“Chima”, como os fãs a chamam, ampliou seus horizontes, abraçou outras vertentesmusicais  e  convocou o  experiente  produtor Paul  Ralphes  para temperar o novo  trabalho  com um  acentuado  refinamento pop. O  resultado  é um  dos melhores discos de popreggae lançados no Brasil nos últimos tempos.

Nando Reis – Ele ganhou seuprimeiro violão da sua vó Jú quando tinha sete anos. Era um Gianinni pequeno,ainda tinha há até bem pouco tempo. Aprendeu os primeiros acordes com as aulasda irmã. Nando Reis acredita que aprendeu a tocar violão de verdade quandotirou sozinho todas as músicas do disco de Londres do Caetano.

Cachorro Grande- A CachorroGrande gosta de fazer viagens no tempo. Já foram mods à medula no início decarreira, assim como tão Beatles quanto Stones nestes 12 anos de banda. Jáflertaram com cada uma das décadas roqueiras desde 50 em “Todos os Tempos” (de2007). E neste sexto disco de estúdio, Baixo Augusta, dá para traçar um fiocondutor, que começa no Exile on Main Street, dos Rolling Stones, em 1972, evai até Entertainment, do Gang of Four, de 1979.
Dados os gostos de Beto Bruno (vocal), Marcelo Gross(guitarra), Rodolfo Krieger (baixo), Gabriel Azambuja (bateria) e Pedro Pelotas(bateria), poderia bem ser qualquer Stone. Mas Baixo Augusta tem aquele quêrasgado da assinatura mais forte de Keith Richards do que de Mick Jagger. Comoa obra-prima de 72.
Dados os gostos de Beto, Gross, Rodolfo, Gabriel e Pedro,poderia bem ser linha do tempo que segue por Primal Scream, Supergrass eKasabian. Mas Baixo Augusta tem aquele bom gosto da batida no peito, do tecladosynth e das linhas de baixo da gangue de quatro seminal do pós punk.
E dentro dessa áurea faixa dos anos 70, ainda sobra para umrock de arena traçar costuras na receita.
O tum-tum-tá da bateria de Gabriel acompanha o riff pesado eos brados de “Não Entendo, Não Aguento”, que abre o trabalho.
“Difícil de Segurar” sustenta tudo o que foi posto acima decaracterística stoniana no disco com o (talvez) melhor timbre de guitarrasgravado este ano no país.

(Releases dos artistas: fonte sites oficiais de Comunidade Nin Jitsu, Chimarruts, Nando Reis e Cachorro Grande)
Edição: Ari Junior