Médicos da rede pública de saúde de Santa Catarina participaram nesta terça-feira (16), na emergência do hospital infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, da segunda edição do Abraço à Saúde. O protesto é para chamar a atenção do governo que em julho comprometeu-se em agilizar a contratação de profissionais para amenizar a situação das unidades de saúde estaduais que em alguns casos contam com apenas um médico nas escalas de plantão.
“Além das escalas estarem sacrificando as equipes
profissionais e os pacientes, temos casos como o hospital infantil em que
leitos estão fechados por falta de pessoal. Há poucos dias o governo anunciou
um pacote de obras para a saúde. Um investimento alto mas que não prevê a
contratação de pessoal. Somente este ano recebemos duas denúncias graves
sobre a situação no Instituto de Cardiologia. Nós médicos e profissionais de
saúde e a sociedade não podemos ficar passivos a esse tipo de situação”, afirma
Cyro Soncini, presidente do Sindicato dos Médicos ao justificar o motivo do
movimento organizado pelo Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa
Catarina (COSEMESC).
De acordo com Cyro, em julho, o governador Raimundo
Colombo informou ao Sindicato em audiência que uma auditoria estava sendo
realizada nas unidades de saúde para saber a real necessidade de contratação de
pessoal. “Não sabemos o resultado da auditoria. Sabemos que as escalas de
trabalho continuam com problemas, que os profissionais estão sobrecarregados,
que temos um concurso público vigente e que o chamamento desses aprovados é
demorado. É preciso agilidade e não apenas somente boa vontade para resolver
essa situação”, acrescenta.
O presidente do Sindicato dos Médicos lembra ainda
que a falta de profissionais gera problemas de filas para cirurgias, de espera
nas emergências, aumenta a “ambulancioterapia”. “A falta de profissionais é
notória nas unidades da capital porque são referência no Estado. Mas temos
problemas sérios em Blumenau, em Joinville e nas demais unidades públicas de
Santa Catarina”, conta.
No início do ano o secretário estadual de Saúde,
Dalmo Claro de Oliveira declarou que para amenizar a situação de atendimento no
Estado seriam necessários pelo menos dois mil servidores. “Se o secretário
afirma isso não compreendemos porque a situação ainda não foi remediada.
Enquanto os profissionais da saúde e nossos pacientes conviverem com essa
situação estaremos atentos e vigilantes, cumprindo com nossa missão de
dirigentes sindicais de cobrar para que essa situação se resolva”, conclui Cyro.
O Abraço à Saúde Catarinense integra o calendário
de ações da Semana do Médico, que inclui a suspensão de atendimento a planos de
saúde sem acordo com o COSEMESC.
SIMESC - Sindicato dos Médicos do Estado
de Santa Catarina
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