“Qualquer problema na rede elétrica e ficamos imediatamente sem água. Desde domingo a água está a conta gotas na torneira e suja. O problema é que a rede é a mesma desde a década de 1980, quando implantaram o sistema de abastecimento”, diz o prefeito lembrando que a rede não acompanhou a evolução do município.
Para piorar o drama, a captação da água consumida pela população é feita abaixo de diversos pontos de descarga de esgoto das residências, no rio Palmeira. O reservatório com capacidade de 50 mil litros e vazão de três litros por segundo necessitaria de pelo menos mais um poço artesiano para ajudar no abastecimento.
O que explica o prefeito é que há oito anos tenta solucionar o problema, mas sem êxito junto a Casan. “Estou deixado meu mandato indignado e frustrado com a Casan que só promete solucionar o problema. Veio até um engenheiro de Criciúma e nada. É uma vergonha o que estamos passando em Palmeira”, desabafa o prefeito.
Moradora da rua Alexandre Murara, bairro São Luiz, a pensionista Nelita das Graças de Souza confirma o abandono. “Ficamos vários dias sem água. E não é coisa de agora. A fatura da água vem, mas a água não”, diz a mulher lembrando que roupa branca não da para lavar com a água da Casan, tamanho o volume de impurezas.
A aposentada Leoni Ribeiro Valente diz que quando não falta água a vazão é bem fraca. “Para tomar banho tem de se ensaboar primeiro e só depois ir para debaixo do chuveiro. É lastimável”, completa. Mesma queixa apresenta a moradora Herta Gonçalves do Nascimento, que para tomar água tem de buscar num balde numa nascente há mais de 200 metros.
Caminhão pipa vai
socorrer os moradores
Funcionário da Casan em Palmeira, João Clóvis Pereira,
admite que a vazão da rede é pequena. E explica que sempre que ocorre falta de
energia elétrica seca o reservatório e a tubulação da rede. “Até recuperar o
nível do reservatório demora. Mas isso só ocorre quando falta energia
elétrica”, diz.
Para minimizar o problema, a Casan emprestou um caminhão
pipa da Klabin para levar água aos moradores das partes mais altas da cidade. O
caminhão era esperado na tarde desta quarta-feira. O horário mais crítico de
desabastecimento é sempre em final de tarde, segundo João Clóvis. E garante que
à noite, a situação se restabelece.Ele concorda que se houvesse um posso artesiano, o problema seria minimizado. E observa que isso é uma decisão de diretoria. Enquanto o problema não é solucionado de forma definitiva, os moradores de Palmeira vão sendo tratados à “conta gotas” com a água da Casan.
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