Lages sediou nos dias 27 e 28 de maio o II Seminário Gestão em Rede: A Vigilância da Morte Materna, Infantil e Fetal. Participaram do encontro realizado no Map Hotel, mais de 50 profissionais da saúde para discutir projetos em rede, a fim reduzir os riscos da mortalidade materna no estado. O evento foi promovido pela Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a FAPESC por meio do Projeto TO13075/2012-3.
Representantes das 15 Regionais de Saúde do Estado, representantes da área de Saúde dos 18 municípios da Serra, coordenadores de Saúde da Mulher e de Saúde da Criança, representantes da Rede Cegonha no estado e do Distrito Sanitário Especial Indígena Interior Sul, da Secretaria Especial de Saúde Indígena e do Consorcio Intermunicipal de Saúde estiveram presentes.
Comitê Regional é criado
Em 28 de maio, Dia Mundial de Combate a Mortalidade Materna foi criado o Comitê Regional de mortalidade, para fortalecer a vigilância epidemiológica no contexto dos municípios e regiões. A doutora em saúde pública, enfermeira Maria de Lourdes de Souza falou da importância da vigilância epidemiológica para a morte materna e da implantação do Comitê Regional na cidade. “Com esse comitê poderemos estudar as mortes, verificar as tendências em termos de causa, característica e medidas que tinham que ser adotadas. Teremos também evidencias clinicas para melhorar o atendimento dessas pacientes”, destacou.
O número mais atualizado de óbitos de Mortalidade Materna que se tem no Brasil é de 2011, quando cerca de 1.500 mulheres perderam a vida. Santa Catarina não está no pelotão da frente deste problema, mas teve 26 óbitos em 2012, distribuídas por diferentes regiões do Estado – inclusive na região serrana. De acordo com estudo feito sobre Mortalidade Materna em Santa Catarina entre 2009 e 2012, quase 90% dos casos ocorrem por causas obstétricas e dois terços (64,7%) podiam ser evitadas. “Um dos motivos desses números catarinenses é a ausência dos Comitês Regionais de Mortalidade Materna. Queremos com o seminário e a criação do Comitê diminuir cada vez mais estes índices”, comentou Maria de Lourdes.
Para evitar esse tipo de morte, o Ministério da Saúde criou em 2011 a Rede Cegonha, que está sendo implantada com recurso do SUS e, aos poucos, vai chegando a todas as regiões do país. Fundamenta-se nos princípios da humanização e assistência, onde, entre outras metas, as mulheres têm direito ao planejamento reprodutivo seguro e saudável.
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