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segunda-feira, 31 de março de 2014

Salão do Livro: Tezza lança livro em sua terra natal

O diretor de Políticas Culturais, Gilson Maximo, agradeceu os parceiros e destacou que, com o sucesso da primeira edição, o evento já tem data para ser realizado em 2015
Considerado um dos maiores literários do país, Cristóvão Tezza lançou neste domingo (30), no Salão do Livro da Serra Catarinense, a obra chamada “O professor”. No mesmo espaço onde brincou quando criança, o escritor, que carrega consigo o sotaque lageano, diz que foi uma feliz coincidência lançar nacionalmente seu mais recente romance na cidade onde nasceu. Os próximos três anos serão dedicados à venda de O professor.
O escritor lageano foi homenageado na cerimônia de encerramento das atividades do Salão do Livro. A deputada federal Carmen Zanotto fez a entrega de uma placa reverenciando Tezza. “É através da cultura que a gente fortalece uma população”, diz a deputada. O diretor de Políticas Culturais, Gilson Maximo, agradeceu os parceiros e destacou que, com o sucesso da primeira edição, o evento já tem data para ser realizada em 2015. “De 6 a 11 de abril vamos fazer o segundo Salão do Livro da Serra Catarinense”, afirma.
Antes mesmo de saber dessa informação, Tezza definiu como fantástico o fato de Lages fazer parte do circuito de eventos literários. Em relação à homenagem, declarou estar muito feliz. “Voltar a Lages, cidade onde nasci e passei momentos muito importantes da minha infância, é maravilhoso”, reitera. Em seu livro “A primeira noite de liberdade”, faz referência a Lages, quando conta sobre a noite em que seu pai morreu.

Infância em Lages


Dona Elin com os filhos. Da esquerda para a direita, Vera Lúcia,
Vicente Luís, Cristovão Cesar e João Batista.
(Lages, 2 de setembro de 1955)
Com 60 anos de idade, Cristóvão Tezza conta que dos quatro irmãos somente o mais velho não é lageano. Filho de pai advogado e mãe professora, o escritor recorda da infância. Lembra que sua casa ficava a uma quadra da praça Joca Neves, espaço onde costumava brincar de pandorga com os amigos. “Na esquina morava a madrinha Ana. Ela fazia um suspiro muito gostoso”, recorda, com saudosismo.
Foi embora para Curitiba (PR) com 8 anos. Antes disso, foi alfabetizado no Colégio Santa Rosa. Iniciou o gosto pela leitura com gibis do Pato Donald, frequentou as matinês no Cine Tamoio e ouviu pelo rádio a Copa do Mundo de 58. “Tive uma infância muito feliz aqui”, conclui.

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