Paratletas lageanos embarcam rumo ao Parajasc

“Ele está muito mais feliz em casa, se sentindo mais útil, e sei que isso é importante para ele e para nós também, porque vemos sua evolução e nos sentimos abençoados.” Júlio César Godoi

Na manhã desta sexta-feira (24), em frente à Fundação Municipal de Esportes (FME), um grupo de 80 paratletas embarcou rumo a São Miguel do Oeste, que sedia os 11ºs Jogos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), de 25 a 30 de abril. Na bagagem, além dos equipamentos que transformam essas pessoas em heróis e heroínas do cotidiano, apesar das limitações físicas e intelectuais, também a ansiedade em participar de uma das mais importantes competições esportivas do Estado e o espírito de superação.
Eles irão representar Lages e competir com aproximadamente 2.500 participantes de todas as regiões de Santa Catarina, na etapa estadual, no município do Extremo-Oeste. São atletas com necessidades especiais, enquadrados nas modalidades que contemplam deficiência auditiva, física, visual e intelectual. Eles disputarão provas de atletismo, natação, tênis de mesa, xadrez, futsal, ciclismo, goalball, handebol em cadeira de rodas, natação, xadrez, basquete para cadeirantes e bocha paralímpica.
Segundo o superintendente da FME, José Maximiliano Cappelletti Batalha (Capela), o ponto forte das equipes lageanas é o atletismo. Neste ano não haverá participações nos jogos de quadra. A FME está apoiando o grupo de Lages na logística, transporte e estrutura nos alojamentos que abrigarão todas as delegações. “Neste ano teremos um tratamento diferenciado na alimentação. Uma equipe de nutricionista irá acompanhar os atletas”, conta. Foram utilizados quatro ônibus e caminhões para o deslocamento das equipes e seus suprimentos e equipamentos, como cadeiras de rodas e outros aparelhos. O alojamento na cidade foi instalado ao lado do local onde será realizada a competição, facilitando o deslocamento dos cadeirantes.
A FME também repassa recursos, através de um convênio, à Associação Serrana dos Deficientes Físicos (Asdef) e à Associação de Deficientes Visuais do Planalto Serrano (Adevips) para que mantenham a estrutura e realizem os treinamentos com os paratletas. “A quantidade de medalhas e troféus é significativa, sempre com ótimo desempenho nos jogos. O esporte é muito importante para eles, como prova de superação e surpreendem a todos com a dedicação”, diz Capela.

(Foto: Marcio Avila)