Está postado no blog do Barão que o deputado federal Fernando Coruja (líder do PPS na Câmara Federal e presidente do partido em SC) não concorrerá mais à reeleição no pleito de 2010. Está dito ainda que a distância da família e o desejo de ficar um pouco mais tempo em Lages o teriam feito tomar essa decisão. Pois bem, não sei quem repassou essa informação ao Barão (duvido muito que tenha sido o próprio Coruja). Mas, se for o caso, acho legítimo o Coruja tomar essa atitude. Afinal, assim como ele foi livre para se candidatar e se eleger deputado federal por três vezes consecutivas (três vezes, viu Barão), é muito legítimo também que tenha cansado da atividade e queira ficar mais tempo com os filhos, a esposa e os amigos.
PESSOALMENTE, NÃO ACREDITO
Pessoalmente, não acredito na desistência do Coruja. Para mim, é jogo de cena para que as lideranças locais se mobilizem e peçam para ele aceitar o desafio pela 4a. vez consecutiva. Assim, depois do episódio das passagens aéreas (que nem foi tão grave assim visto que era uma prática comum no Congresso), em que sua imagem ficou um pouco chamuscada, ele quer e precisa mais do que nunca dessa "unanimidade regional" em torno da sua candidatura. Se não for candidato a federal, acho que Coruja já tem articulada ou amarrada uma candidatura ao Senado. Duvido muito que ele se recolha ao seu consultório e ao trabalho de base nos bairros, preparando-se para uma terceira campanha consecutiva à Prefeitura de Lages, que ocorreria somente em 2012.
INEGAVELMENTE, CORUJA DEU UMA GRANDE CONTRIBUIÇÃO À REGIÃO
De qualquer maneira, seja qual for a decisão do Coruja, é inegável o preparo, conhecimento, densidade eleitoral e capacidade de trabalho deste nobre cidadão lageano. Ele é e foi um grande deputado federal, uma liderança das mais expressivas da região nas últimas décadas. Na minha opinião, novamente, só acho que ele errou um pouco ao ficar literalmente na oposição ao Presidente Lula, que nos oito anos de mandato fez algumas besteiras (é verdade), mas também grandes transformações econômicas e sociais neste país. E ser oposição, no Congresso, contra um Presidente com uma alta popularidade como Lula, deve e com certeza é bastante difícil.
Loreno Siega
18-08-2009
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