Tudo que a mãe e os filhos precisarem estará disponível: beliches, máquina de lavar roupas, jogo de sofá, pijamas, toalhas, roupas, alimentação. A estrutura tem capacidade para abrigar oito mulheres com cinco filhos cada uma“Os índices de violência contra a mulher em nossa cidade são alarmantes. Somos a primeira cidade no ranking no Estado e a 17ª no país. Essa realidade tem de mudar”. O apelo do secretário de Assistência Social de Lages, José Amarildo Farias, segue ao encontro do desejo de justiça das vítimas de agressão moral ou física dentro das próprias casas, e ao passo da punição deverá caminhar a prevenção e o distanciamento do parceiro para que as cenas não se repitam, causando retaliações, ameaças ou sequelas físicas e emocionais à mulher e aos próprios filhos.
Em Lages foi construída, com recursos federais na ordem de R$ 240 mil, a Casa de Apoio à Mulher Vítima de Violência Doméstica, em endereço mantido em sigilo por questões de segurança. O local deverá estar totalmente equipado até o final de novembro desse ano. A Delegacia da Mulher se incumbirá de tomar a providência de afastar a mãe e os filhos do parceiro agressor e encaminhá-los ao abrigamento.
Segundo José Amarildo, a residência conta com cerca de 240 metros quadrados e está sendo montada com mobiliários, eletrodomésticos, utensílios, artigos de cama, mesa e banho. “Tudo que a mãe e os filhos precisarem estará disponível: beliches, máquina de lavar roupas, jogo de sofá, pijamas, toalhas, roupas, alimentação”, completa o secretário.
A contrapartida da Prefeitura de Lages para as despesas é de R$ 60 mil. A administração municipal se responsabiliza pelos equipamentos, contratação e treinamento da equipe técnica (psicóloga, assistente social, monitoras, cozinheira, auxiliar de serviços gerais, motorista) que irá atuar junto às mulheres, protegendo-as e preparando-as para seguir a vida normalmente depois que deixarem a casa (o prazo de permanência é de três meses). A estrutura tem capacidade para abrigar oito mulheres com cinco filhos cada uma. “Esse é o serviço de alta complexidade oferecido pela Secretaria: a proteção social especial quando o vínculo familiar se encontra extremamente prejudicado, rompido”, explica.
Cursos técnicos e opções de trabalho
Lages será a terceira cidade de Santa Catarina a receber uma casa do tipo, depois de Blumenau, onde está instalada há quatro anos, e Joinville. No Rio Grande do Sul, na capital Porto Alegre, funciona desde 1992. O diretor de Proteção Social Especial, Joatan Pereira, diz que a casa imita um lar costumeiro e com artifícios excedentes. “Tem ccozinha, lavandeira, copa, sala, quatro banheiros, cinco quartos coletivos e brinquedoteca”, revela. Enquanto estarão na casa de apoio, às mulheres serão ofertados cursos profissionalizantes do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec) e opções de trabalho.
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