Foi aproximadamente uma hora de chuva, sábado, com momentos de intensidade. Não chegou a outros pontos da cidade, por isso o espanto da população de outras áreas ao tomar conhecimento do fato
Os secretários responsáveis pelas pastas municipais de Águas e Saneamento (Semasa), Infraestrutura, Planejamento, Meio Ambiente, Assistência Social e Coordenadoria da Defesa Civil, acompanhados pelo vereador Vone Scheuermann, estiveram pessoalmente, na tarde desta segunda-feira (27), nas ruas do bairro São Miguel que foram atingidas pela forte chuva deste sábado (25), provocando alagamentos em ruas, residências e pontos comerciais, além de alguns pontos no bairro Penha. No dia do incidente, equipes das secretarias deram respaldo às famílias.
A rua Catulo da Paixão Cearense foi uma das mais afetadas; 25 famílias foram atingidas, mas sem a necessidade de desalojamentos efetivos, pois assim que equipes da prefeitura detectavam a invasão das águas, providenciavam a retirada dos resíduos (entulho, lama, galhos) das casas. Famílias tiveram móveis e eletrodomésticos danificados.
Quando as equipes eram acionadas, logo seguiam até os moradores ilhados, conforme o coordenador da Defesa Civil, Adilson Panek. Segundo o secretário de Infraestrutura, Joel Netto Momm, foi aproximadamente uma hora de chuva, com momentos de intensidade. “O início foi por volta das 14h. O volume ainda não foi calculado. A chuva não chegou intensamente a outros pontos da cidade, por isso o espanto da população de outras áreas”, detalha.
Na loja “Edson Motos”, localizada na rua Manoel Antunes Pessoa, a água invadiu o espaço por cerca de dois metros, mas não chegou a subir e causar prejuízos a veículos, equipamentos e materiais. Do lado de trás do empreendimento, onde houve alagamentos e por onde passa um córrego, a enxurrada carregou uma ponte improvisada, de madeira, utilizada para testes em motos e quadriciclos. Não foram diagnosticados deslizamentos de terra ou quedas de árvores e postes.
Anteriormente à visita in loco, nesta segunda, as autoridades públicas se reuniram com o prefeito Elizeu Mattos já no início da tarde, em seu gabinete, quando dialogaram sobre as alternativas de solução do problema que ocasiona as enchentes há cerca de 20 anos. O fenômeno natural de desnivelamento da bacia pluvial e a incapacidade de escoamento das águas das chuvas devido ao tamanho do diâmetro das atuais tubulações, de acordo com Joel, e o secretário de Meio Ambiente, Mushue Hampel, são as causas.
Novas redes de drenagem deverão resolver o problema
De acordo com o diretor de Infraestrutura, o engenheiro civil Jackson Westphal, todo o volume pluvial da parte de cima do São Miguel escoa para essa parte do bairro, como na rua Esperanto, próximo à madeireira Olímpio. A principal iniciativa que busca acabar com esse problema vivido há décadas pela população do local é implementar duas saídas, para dividir a quantidade de água das chuvas a partir de diferentes redes de drenagem.
Uma nova rede será construída num percurso de 250 metros, que deverá seguir desde uma das ruas laterais à madeireira até o início do córrego de divisa com a linha férrea. Uma das ruas por onde a rede passará será a João Francisco Veloso. A outra, já existente, será modificada, sendo que a tubulação atual, precária, instalada há cerca de 20 anos, onde estão fixados tubos de concreto de 60 centímetros de diâmetro, cada, será substituída por uma de tubos entre 1 metro e 1,25 metro. A nova tubulação passará também pela rua principal que divide os bairros São Miguel e Penha, a Manoel Antunes Pessoa. Serão utilizados cerca de 200 tubos nos dois processos.
Os secretários seguiram até as ruas problemáticas, onde parte do trabalho já começou com homens e maquinários. “Determinei que, após a visita, seja elaborado um projeto com as mudanças definitivas que devem aliviar a preocupação dos habitantes do São Miguel”, argumenta o prefeito Elizeu Mattos. Da operação fará parte, inclusive, a substituição de tampas por grades metálicas, que deverão suportar a vazão. Já na quarta-feira esse trabalho emergencial será iniciado; no máximo em uma semana deverão estar concluídos.
Para o diretor de Saneamento Básico, Vilson Rodrigues, é necessário fazer-se um mapeamento das galerias pluviais existentes em Lages. O segundo passo é criar fontes de recursos para executar a macrodrenagem.
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