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quinta-feira, 19 de março de 2015

Colégio Industrial de Lages resgata meio século de história

A Escola de Educação Básica Industrial de Lages, ou apenas Colégio Industrial, ultrapassa meio século de vida consolidada como uma das principais instituições de ensino da Serra Catarinense. E ao comemorar 51 anos em grande estilo, já que neste momento recebe investimentos de R$ 5,6 milhões do governo do Estado em obras de reforma e ampliação, resgata uma história rica e cheia de capítulos, mas perdida no tempo.
Considerando uma média de mil estudantes por ano (atualmente são 1.050 no ensino regular e mais 600 nos cursos técnicos), pode-se afirmar que o Colégio Industrial já formou mais de 50 mil alunos ao longo de sua existência. Pessoas que se tornaram cidadãos de bem, pais de família e profissionais de sucesso em diversos setores, especialmente na indústria.
Mas à exceção do tradicional prédio azul localizado na Avenida Dom Pedro II, no bairro Vila Nova, e inaugurado em 16 de março de 1964 pelo então governador do Estado, o lageano Celso Ramos, toda essa gente perdeu as referências históricas sobre o Industrial.
As araucárias plantadas pelos próprios alunos há algumas décadas e os três murais do artista plástico Martinho de Haro, natural de São Joaquim e um dos mais conceituados representantes do movimento modernista no Brasil, sobreviveram ao tempo e permanecem imponentes. Todo o restante, porém, está só na lembrança de quem viveu o Industrial.
A boa notícia é que essas memórias estão prestes a ser materializadas e eternizadas. Ao abordar a qualificação do trabalho da mulher na Serra Catarinense em sua dissertação de mestrado, o advogado e consultor de empresas Ilson Barros, de 56 anos, se deparou com quase nada de registros históricos acerca do Industrial, onde muitas mulheres trabalharam neste meio século. E na condição de ex-aluno e ex-professor do colégio, Ilson decidiu agir.
Em parceria com o diretor Armando José Duarte e outros professores, além da esposa Neusa Barros, ex-diretora da escola, Ilson busca materiais que resgatem o que se passou no Industrial. Documentos, fotos, reportagens, objetos, livros. Tudo que remeta ao colégio é útil.
Paralelamente, Ilson vai gravar depoimentos de ex-alunos, ex-professores e pessoas que fazem parte dessa história a fim de enriquecer o acervo. A proposta é produzir um audiovisual em DVD e um livro sem direitos autorais para que possa ser editado e ampliado a qualquer momento, disponibilizando o conteúdo a escolas, bibliotecas e museus. Também é planejada a criação do museu do Industrial, oferecendo à comunidade escolar o contato com o material.
_ O Industrial é referência no Estado e muita gente passou por aqui. Mas vários documentos foram extraviados e danificados ao longo do tempo, e precisamos resgatar essas histórias. Temos vínculo familiar e carinho por esse colégio, pois faz parte de nossas vidas _, diz Ilson.

SDR de Lages - Gerência de Comunicação - Pablo Gomes

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