O último final de semana foi de festa para comemorar a colheita da moranga e a
produção agroindustrial na 10ª Feira da Moranga, realizada no assentamento
Anita Garibaldi, em Ponte Alta, na serra catarinense.
Completando, em junho deste ano, 10 anos de vida em coletividade, as 45
famílias assentadas atraíram a população das proximidades de Ponte Alta para
conhecer seus produtos e desfrutar da programação, que incluiu seminário,
concurso de melhor moranga, shows e apresentações de dança. "É a primeira
vez que a Feira acontece dentro do assentamento, o que demonstra a confiança
que conquistamos na cidade para representar a cultura da moranga", revelou
Juliano Heinle, assentado e presidente da Coopertel (Cooperativa Regional
Agropecuária Terra Livre), que comercializa os produtos do assentamento e de
cerca de 500 outros assentados e agricultores familiares da região.
Segundo o prefeito de Ponte Alta, Carlos Moraes, o assentamento não somente
representa o cultivo da moranga, como produz outras variedades de hortifruti e
também o leite, que movimentam a economia e abastecem a cidade, sobretudo a
merenda escolar. "Eles são um exemplo que os outros produtores acabam se
espelhando", disse.
Produção
Um dos destaques da produção no assentamento, a moranga é vendida in natura e
na forma de doce, farinha e em sementes saborizadas, após processamento na
agroindústria da Coopertel, localizada nas proximidades. A cooperativa também
comercializa conservas de pepino, beterraba e cenoura, farinha de milho e
feijão com o selo Terra Viva, que agrupa os produtos elaborados nas
cooperativas da Reforma Agrária em Santa Catarina. "Trabalhamos com a intercooperação
entre as cooperativas. Assim, uma ajuda a outra para obter melhores resultados
e aumentar a renda das famílias", revela Vilson Santin, assentado do Anita
Garibaldi e um dos líderes locais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST).
Presentes nos stands da Feira, cooperativas como a Cooperativa Regional de
Industrialização e Comercialização do Meio-Oeste Contestado (Coopermoc),
Cooperativa dos Assentados da Região do Contestado (Coopercontestado) e os
assentados do projeto Dom José também levaram seus produtos, representando a
produção de outras regiões do estado. "Eventos como esse demonstram que a
Reforma Agrária produz, gera renda, é viável e está sedimentada em Santa
Catarina, tornando-se um exemplo para a sociedade brasileira", conclui
Fernando Souza, superintendente-adjunto do Incra no estado.
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