Zezé e Anacleto, ídolos colorados, recebem títulos de cidadãos lageanos

Dois dos maiores ídolos da história do Internacional de Lages agora são também, oficialmente, cidadãos lageanos. Os ex-atacantes Zezé e Anacleto, campeões catarinenses pelo clube em 1965, receberam na noite desta quinta-feira títulos de cidadania lageana, concedidos em homenagem ao Inter feita pela Câmara de Vereadores. 

Zezé, ponta-direita, e Anacleto, ponta-esquerda, foram dois dos nomes fundamentais na campanha do título estadual, ainda hoje o maior feito do Inter em seus 65 anos de história. Ambos nasceram no Rio Grande do Sul (Zezé em Caxias do Sul e Anacleto, em Ipê) e chegaram a Lages em 1964 para defender o Inter. Anacleto atuou pelo clube até 1971, quando migrou para o futebol de salão e tornou-se funcionário público. Zezé seguiu no clube até 1975, ano em que encerrou a carreira e passou a atuar como securitário.
Muito identificada com Lages e com o Inter, a dupla nunca mais deixou a cidade - e seguiu relevante para a história colorada. Anacleto presidiu o clube entre 1990 e 1992, período em que o Inter fez boas campanhas no estadual e foi vice-campeão da Copa Santa Catarina. Zezé foi o presidente entre dezembro de 2012 e dezembro de 2014 - e com Anacleto como vice. Nesse intervalo, o clube deu início ao processo de reestruturação que segue em curso - e que permitiu seu retorno à elite do estadual depois de mais de uma década de ausência. Sob a presidência de Zezé, o Inter foi campeão da terceira divisão, em 2013, e da segunda, em 2014.
Além da concessão da cidadania lageana aos dois ídolos, a homenagem incluiu também a direção colorada e outros personagens que participaram de alguma forma da campanha histórica de retorno do clube à primeira divisão. Pelo Inter, receberam placas de reconhecimento de mérito o presidente Cristopher Nunes e o empresário Célio Bueno, envolvido diretamente no trabalho de reestruturação, iniciado ainda no mandato de Zezé.
Também foram homenageados os advogados Maykhel Beltrame e Sandro Ribeiro (ambos responsáveis diretos pela renegociação dos antigos débitos do Inter, medida fundamental para o projeto de reorganização), Martinho Bin, jogador que mais vezes defendeu o Inter na história, o ex-zagueiro Erlon, campeão da terceira divisão, em 2013, Armindo Araldi, um dos fundadores do Internacional, do qual foi também presidente e diretor, Miguel Gonçalves, funcionário da Fundação Municipal de Esportes que cuida do gramado do Estádio Vidal Ramos Júnior, a torcida Fúria Jovem, representada por seu fundador, Alexsandro Capistrano, e o mascote Leão Baio, símbolo do clube. O advogado Mauricio Neves de Jesus e o jornalista Patrick Cruz, idealizadores do projeto de reestruturação do clube, não puderam comparecer.

Fotos: Zé Rabelo